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Josh Kiszka, do Greta Van Fleet, se inspirou no Brasil para novo trabalho

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Greta Van Fleet

Apesar de ser uma das bandas mais jovens de um mercado extremamente tradicionalista, o Greta Van Fleet vem ganhando cada vez mais espaço e carregando uma multidão de seguidores por onde passa. Tanto é que, quando estiveram no Brasil, fizeram shows tanto no Rio de Janeiro quanto em São Paulo que tiveram ingressos esgotados.

Porém, essa viagem não foi importante apenas para massagear o ego e encher os bolsos da banda. Em entrevista para o G1 em abril desse ano, o vocalista Josh Kiszka falou sobre sua experiência por aqui afirmou ter se surpreendido com a situação socioeconômica local.

O sentimento, inclusive, serviu como inspiração para um dos sons que compõem o segundo disco do grupo, batizado como The beatle at garden’s gate (2020). Em Tears of rain, especificamente, alguns trechos descrevem a rotina de algumas “pessoas buscando salvação”, por exemplo.

“Eu nunca vi uma coisa assim”

Apesar da conversa ter sido realizada exclusivamente com o representante da banda, Josh Kiszka afirmou que o incômodo foi unânime e atingiu todos os outros integrantes. “(…) acho que a pobreza chocou a gente”, conta. Ele ainda fala sobre sua percepção de mundo, ao entender mais sobre “(…) a condição menos confortável de outras pessoas” e aprender a “(…) se colocar nesse lugar”.

Além disso, ele diz como toda essa fase colaborou com sua evolução: “(…) você processa e pensa: qual é meu papel? Isso se traduz de um jeito natural. Você cresce espiritualmente, se interessa por ideias filosóficas e isso se traduz na arte”.

Greta Van Fleet e mais…

“O fã brasileiro é louco! A gente explode de emoção!”, disse Érico Borgo, um dos fundadores da Omelete Company, em entrevista ao Flow Podcast. Segundo ele, esse é um dos pontos que mais impressionam artistas internacionais no momento em que eles sobem em nossos palcos.

Porém, um fator negativo tem se tornado pauta entre esses grupos, e não faz pouco tempo. Em 2012, a banda Cage the Elephant veio ao Brasil para participar da primeira edição do Lollapalooza. À época, os mesmos cenários impressionaram o vocalista Matt Shultz e seu irmão, Brad Shultz. O último chegou a declarar que a paisagem o fez lembrar de sua infância, que também foi marcada por dificuldades.

Pouco tempo depois, em 2014, o grupo voltou ao país para participar do mesmo evento e Matt Shultz aproveitou para ter algumas conversas com a imprensa. Entre elas, também para o G1, o músico falou sobre a inspiração de seu irmão para desenvolver Come a little closer, lançada no ano anterior.

O vocalista fez questão de destacar que grande parte do processo ocorreu em função do irmão, que ficava “(..) vendo aquelas casinhas precárias, de longe”, se referindo às favelas de São Paulo. E concluiu dizendo que “(…) quanto mais pensava, mais o impactava”.

Por fim, Matt Shultz usou o nome da obra para afirmar que “(…) olhando de perto, há almas que circulam com o coração partido, com amor, sentindo tristeza e alegria”.

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