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Måneskin prova que o rock não está morto

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Måneskin

É certo que o saudosismo nunca vai acabar, mas algumas linhas de um raciocínio bem estruturado são o suficiente para calar os adeptos dessa prática. Na música, os responsáveis por isso são o grupo Måneskin. Em menos de cinco anos, o conjunto conquistou diversos prêmios de altíssimo calibre, entre eles:

  • O 2º lugar na edição de 2017 do programa Factor X
  • O 1º lugar na edição de 2021 do Festival de Sanremo
  • O 1º lugar na edição de 2021 do Festival Eurovision da Canção

Mais recente que o 7 a 1…

O sentimento apocalíptico após o maior vexame da história da Seleção Brasileira de Futebol, na Copa do Mundo de 2014, não parece estar tão distante. Desde a ocasião, tivemos apenas mais uma oportunidade para nos redimir, e ainda aguardamos o desenrolar da novela pandêmica para saber se em 2022 teremos outra chance.

Porém, foi durante esse pequeno intervalo que o Måneskin nasceu e vem vivendo muito bem, conquistando espaço mais espaço e reconhecimento que muitos dinossauros que estagnaram nesse mercado.

Formada por Damiano David, Ethan Torchio, Thomas Raggi e Victoria De Angelis, a banda não esconde suas raízes enquanto busca atingir o público internacional. Afinal, todos seus componentes são italianos, mas alguns de seus sons adotam a língua inglesa, como é o caso de I wanna be your slave e For you love, do álbum Teatro d’ira – Vol. I.

Måneskin e suas obras curtas e competentes

A discografia dos italianos não ocuparia uma gaveta pequena da sua coleção de discos, visto que se restringem a apenas dois álbuns e um EP. Porém, vale ressaltar aquela velha máxima, de que quantidade não é qualidade. E, no caso do Måneskin, isso poderia facilmente se tornar um slogan.

Afinal, Chosen (2017), o único EP do grupo até o momento, estreou chutando portas e recebeu dois discos de prata da Federazione Industria Musicale Italiana. Um ano depois conquistou outro, dessa vez pelo Wind Music Awards. Em seguida, Morirò da re (2018) foi divulgada como parte do primeiro álbum de estúdio da banda, e agregou mais um dessa categoria para a coleção.

Apesar da pandemia ter atrasado inúmeros planos ao redor do mundo, o Måneskin não descontinuou seus projetos e, em 30 de outubro de 2020, lançou Vent’anni, a primeira das oito músicas que compõem o álbum Teatro d’ira – Vol. I, o último trabalho do grupo até o momento.

Mesmo correndo o risco de afastar um potencial público internacional, a banda não teve medo e lançou mais da metade de seu trabalho em italiano, com apenas duas obras em língua inglesa, assim como citamos anteriormente.

Um prêmio diferente

Apresentando uma versão própria do clássico local Zitti e Buoni, o Måneskin venceu o Festival de Sanremo e conquistou a oportunidade de representar seu país no Festival Eurovisão da Canção. Em um ambiente repleto de artistas extremamente variados, com obras complexas e trabalhos impressionantes, a banda desenvolveu uma adaptação mais leve da mesma música e venceram a competição no dia 23 de maio desse ano.

Imagem em destaque: Divulgação/ Måneskin.

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