A discussão sobre a qualidade que diferencia dos discos de vinil e os CDs poderia se estender a um longo artigo científico, mas recebeu uma relevante informação através de uma fala do professor Fernando Iazzetta, membro do Departamento de Música da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA – USP). Em entrevista cedida ao UOL, publicada em maio de 2019, o cientista explica alguns pontos que separam essas duas mídias.
Entre suas falas mais expressivas sobre o assunto, está a de que “(…) uma onda sonora registrada no vinil é análoga à onda sonora que se propaga no ambiente”. Dessa forma, é possível interpretar que a qualidade das obras tocadas através desses instrumentos pode ser considerada mais parecida com produções ao vivo.
No entanto, Fernando Iazzeta destaca fatores pessoais, afirmando que a preferência entre essas duas vertentes “(…) é uma questão de gosto, já que toda gravação é uma distorção do som real, seja na mídia que for”.
Por fim, o professor sugere que “(…) na prática, existem dois motivos para as pessoas gostarem do vinil. Um é a nostalgia, o fato de ter crescido ouvindo música nessa mídia. Já em termos técnicos, é possível dizer que o som dos discos de vinil é mais ‘arredondado’, com menos transientes, que são uma espécie de ruídos rápidos que ajudam a definir a articulação do som”.
Ou seja, discos de vinil são melhores que CDs?
Não necessariamente, visto que a qualidade desses produtos possui diversas variações, desde o país em que são até o aparelho utilizado para sua reprodução. Além disso, como era de se imaginar, o armazenamento correto é extremamente importante para reduzir o desgaste e diversos outros problemas. No fim, o importante é saber apreciar boas músicas através das mídias mais convenientes para cada ouvinte.
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Imagem em destaque: Divulgação/ SanderSmit via Pixabay.