O Spotify registrou uma perda de US$ 2 bilhões, o equivalente a R$ 10,5 bilhões na cotação atual, em valor de mercado entre os dias 29 e 31 de janeiro. A queda se iniciou após Neil Young protestar contra a plataforma e exigir que o programa negacionista de Joe Rogan fosse retirado do serviço, ação que não foi acatada pela marca.
A pedida era uma investida do cantor visando diminuir a disseminação de mentiras referentes à COVID-19 e às vacinas, que sofriam (e sofrem) ataques infundados por parte do apresentador do podcast, um comediante sem formação na área.
Concordâncias e discordâncias
A medida tomada por Neil Young seria apoiada e replicada, posteriormente, por Joni Mitchell. Em um comunicado publicado na última sexta-feira, dia 28 de janeiro, a artista afirmou que “(…) pessoas irresponsáveis estão espalhando mentiras que estão custando a vida das pessoas” e declarou estar “(…) solidária com Neil Young e as comunidades científicas e médicas globais nesta questão”.
Por outro lado, Elon Musk criticou a postura do músico. O bilionário sugeriu que a atitude do cantor soou hipócrita, uma vez que vem da voz que apresentou Rockin’ in the free world para o mundo. O comentário foi proferido como resposta a uma publicação feita pelo cientista da computação Lex Fridman, que parabenizou o Spotify por “(…) apoiar Joe Rogan” e comemorou que “(…) a liberdade vence”.
A narrativa destorcida de ambos desconsidera que a eficácia das vacinas depende de sua aplicação em grande escala, uma vez que não é uma cura, apenas evita que a transmissão seja mais ampla e o contágio seja mais agressivo.
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Imagem em destaque: Divulgação/ Tomasi via Pixabay.
