Visando desenvolver suas atividades de maneira mais sustentável, o Massive Attack encomendou uma pesquisa sobre a emissão de poluentes durante turnês musicais. O estudo foi desenvolvido por Carly McLachlan, Chris Jones e Sarah Mander, ambos da Universidade de Manchester, e teve seus resultados divulgados em junho desse ano através do artigo Super-low carbon live music: a roadmap for the UK live music sector to play its part in tackling the climate crisis.
O documento sugere diversas alternativas para diminuir os impactos ambientais através de ações desenvolvidas por artistas e organizadores de eventos. Entre as opções direcionadas aos músicos, estão viagens de trem e a redução de equipamentos utilizados em apresentações. Além disso, os cientistas sugerem que administradores de casas de espetáculos utilizem energia renovável e incentivem seu público a utilizar bicicletas e transporte público.
Além do Massive Attack
Ao comentar o assunto, Robert Del Naja, um dos integrantes do Massive Attack, criticou a postura do governo britânico e alegou falta de apoio para cumprir algumas das especificações sugeridas pelo estudo. Segundo ele, “(…) a indústria da música ao vivo [britânica], especialmente depois do BREXIT, é muito importante para a identidade nacional e a autoestima (…). É uma das poucas áreas que você poderia descrever genuinamente como de classe mundial e tem um vasto valor social e econômico, como bem relatado, gerando mais de 4,6 bilhões de euros para a economia a cada ano e empregando milhares de pessoas”.
Mesmo assim, alguns passos têm sido dados, conforme apontou a professora Carly McLannchlan, uma das autoras do material em questão. Ela conta que “(…) muitos [artistas] estão trabalhando neste sentido. Quando as pessoas fazem muitas dessas adaptações, começa a se tornar uma prática normal”.
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Imagem em destaque: Divulgação/ Massive Atack via Instagram.