Corpo atlético, barba por fazer, tatuagens, calças jeans e uma camisa do Metallica. Esse conjunto poderia ser de qualquer mero mortal, em uma saída casual para resolver problemas cotidianos. No entanto, acabamos de descrever o estilo adotado por Nayib Bukele, presidente de El Salvador, em uma reunião para discutir novos projetos econômicos para o país.
Aos 39 anos de idade, o político quebra a visão tradicionalista que temos dos “picolés de chuchu”, termo cunhado pelo colunista José Simão para definir a apatia de Geraldo Alckmin. E, convenhamos, no Brasil podemos aplicar esse apelido a diversos outros animais, não só aos tucanos.
Nayib Bukele, por sua vez, esbanja informalidade e transmite, através de suas vestes, seu pensamento futurista em relação a diversos aspectos. O mais marcante deles é, sem dúvida, a democratização de criptomoedas como alternativa ao dinheiro como conhecemos.
Nayib Bukele e as bitcoins
A visão exótica do político referente a novos padrões e modelos econômicos refletiu em suas atitudes de maneira muito intensa. A começar pelo pioneirismo de El Salvador que, recentemente, se tornou o primeiro país do mundo a adotar bitcoins como moeda oficial. A medida foi aprovada pelo parlamento local que é comandado pelo partido de Nayib Bukele.
No entanto, as respostas do mercado financeiro internacional têm sido extremamente ecléticas, impedindo que caminhos parecidos ou opostos sejam trilhados por outros comandantes a curto prazo. Afinal, nenhum deles sabe ao certo como lidar com esse processo.
Todos esses fatores foram debatidos com o influenciador Peter McCormack, um dos principais estudiosos dessa vertente em mídias digitais. Para se ter noção, seu podcast What bitcoin did foi baixado por mais de 7,2 milhões de pessoas, sendo 569 mil apenas em janeiro desse ano.
Esse interesse pelo tema faz com que Peter McCormack seja mais um dos diversos interessados a migrar para El Salvador, que pode vir a se tornar a capital desse padrão. Segundo o próprio presidente, existem planos para que “(…) novas usinas de energia geotérmica de vulcão” sejam utilizadas reduzir os impactos ambientais de sua mineração, visto que essa atividade exige um grande gasto de energia.
Além disso, defendeu “(…) a inclusão financeira para milhões e o desenvolvimento final da humanidade”. Porém, essa narrativa começou a atrair outros países, também estão amadurecendo essa ideia. Nomes como Argentina, Chile e Paraguai, para nos restringirmos apenas à América Latina, estão cada vez mais de olho nessa seção, e devem lutar por espaço conforme esses projetos evoluem.
E os outros países?
Mesmo com a imensa repercussão das fotos do encontro entre o presidente e Peter McCormack, nenhum detalhe mais aprofundado foi divulgado. No entanto, Nayib Bukele comentou sobre seu estilo e gosto musical e aproveitou para provocar a Alemanha, o Canadá, os Estados Unidos, a França, a Itália, o Japão e o Reino Unido. Segundo ele, seu compromisso foi mais relevante que “(…) encontros do G7 sem camisetas do Metallica”.
Imagem em destaque: Divulgação/ Nayib Bukele via Instagram.
