Após dedicar uma longa temporada de sua carreira para concretizar o álbum Matriz (2019) e sua variação Matriz Ao Vivo Na Bahia (2020), Pitty voltou às manchetes após concluir outro projeto de peso. Dessa vez, a cantora realizou o antigo sonho de inaugurar seu próprio selo musical, batizado como Casulo.
A confirmação foi feita via assessoria de imprensa na segunda-feira, 22 de março. No material, a artista revelou detalhes sobre sua nova proposta, com enfoque na indústria brasileira. Ela disse: “O objetivo é dar oportunidade ao inusitado, ao que não tem chance dentro de um mercado que se repete constantemente”.
Em seguida, defendeu a democratização dessa linguagem: “Venho acompanhando o que a galera nova está apresentando e tem coisas originais, incríveis, que ficam à margem de onde poderiam chegar, às vezes por falta de divulgação, de uma estrutura”.
Quem vai participar?
Toda a ideia deve vir a público até o segundo semestre de 2021, e vai expor conteúdos gravados com os seguintes nomes:
- BadSista
Rafaela Andrade, ou BadSista, é uma produtora e DJ paulistana que possui grande afinidade com a música eletrônica e o funk. Seus sons estão extremamente vinculados à cultura LGBT+, uma das principais bandeiras levantadas pela artista.
- Drik Barbosa
Adriana Barbosa de Souza, ou Drik Barbosa, é uma cantora e compositora paulista muito focada no rap. Sua voz se popularizou após o lançamento de Mandume, obra produzida por Emicida em 2015, e tem ganhado cada vez mais espaço no cenário nacional.
- Jup do Bairro
Jup Lourenço Mata Pires, ou Jup do Bairro, é uma das figuras mais completas dessa coleção. A paulista é atriz, cantora, compositora e apresentadora, ações que colaboraram para a conquista do Prêmio Multishow de Música Brasileira e do WME Awards.
- Mau
Produtor musical, participou do último álbum lançado por Pitty, em 2019.
- Monkey Jhayam
Jean Marcus, ou Monkey Jahyam, é um cantor e compositor paulista bastante eclético, porém muito direcionado ao hip hop e ao funk. Atualmente tem alimentado suas obras com músicas de origem jamaicana, principalmente o reggae.
- Pupillo
Romário Menezes de Oliveira Júnior, ou Pupillo, é mais um indivíduo multiprofissional envolvido com esse projeto. O pernambucano é baterista, compositor e produtor musical – talvez você o conheça como mebro da banda Nação Zumbi.
- Weks
Daniel Weksler, ou Weks, é o membro mais próximo da estrela principal da nossa matéria entre todos os indivíduos citados acima. Não lembra dele? Além de baterista da banda NX Zero, o músico é casado com Pitty desde 2010!
Com exceção de Pupillo, todos os outros artistas trabalharam em duplas e produziram um som em cada um de seus encontros.
Pitty em seu multiverso
A presença da cantora em diversos portais tem sido um dos pontos de maior destaque em sua carreira na contemporaneidade. Atualmente, a baiana comanda o programa Saia Justa, na GNT, além de um canal próprio na Twitch, que leva o nome de PITTY. Na plataforma, quadros como Casulo Musical, Luau Sarau, Na Brisa, O Boteco, Radiola, Sexta Sem Lei e Top 10 são fixos e atraem a atenção de milhares de espectadores através de formatos variados.
Sua presença nos palcos antes da pandemia também vinha sendo tão exótica quanto sua atuação midiática. Invertendo a tradicionalidade, Matriz foi apresentado primeiro em sua turnê, e lançado apenas no fim de toda essa jornada. Otavio Sousa, um dos parceiros profissionais mais antigos da artista, foi responsável por diversos produtos complementares promovidos na sequência.
Entre eles estão alguns episódios da série Videotrackz, que contemplava videoartes produzidas pela soteropolitana durante sua quarentena. Além disso, filmagens feitas pelo próprio diretor foram trabalhadas e se transformaram do documentário Matriz.doc, que estreou em novembro no festival In-Edit. No mês seguinte, novas gravações auxiliaram na concretização do DVD duplo Matriz: Arquivos Completos.
Imagem em destaque: Divulgação/ Pitty.