Neil Young usou seu site para divulgar uma carta aberta em que exige a retirada de suas músicas do Spotify caso o serviço não remova o Joe Rogan Experience, podcast do comediante Joe Rogan que dissemina ideias conspiracionistas. Apesar do material original publicado em seu portal ter sido apagado, diversos meios de comunicação conseguiram registrar o texto.
A Veja, uma das companhias que obtiveram esse registro, explicou que o artigo foi endereçado “(…) ao seu empresário Frank Gironda, e ao co-presidente e diretor de operações da Warner Records, Tom Corson. ‘Estou fazendo isso porque o Spotify está espalhando informações falsas sobre as vacinas – potencialmente causando a morte daqueles que acreditam na desinformação espalhada por eles’, escreveu”.
A revista ainda destaca que Neil Young deixou explícito que “(…) eles podem ter Rogan ou Young. Não os dois”, e relembra o histórico conturbado do músico com a plataforma. Em 2015, por exemplo, o artista retirou todas as suas músicas do acervo da marca alegando a baixa qualidade do áudio. O retorno só aconteceria em 2016, visto que “(…) era ali que as pessoas pagavam pela música”, conforme explicou em uma entrevista à Rolling Stone em 2019.
O histórico negativo de Joe Rogan
Não é a primeira vez que medidas mais incisivas são tomadas por terceiros contra o espaço de Joe Rogan no Spotify. Segundo a Veja, em dezembro do ano passado cerca de 270 educadores e médicos realizaram uma solicitação conjunta visando o fim das divulgações do programa do humorista. Apesar disso, o pedido não foi acatado pela marca.
A explicação para essa persistência vinda do serviço de streaming é velada, mas pode ser compreendida através de um material publicado pelo Wall Street Journal em maio do ano passado. Segundo o texto, representantes da companhia investiram mais de US$ 100 mil dólares pela exclusividade do Joe Rogan Experience, o equivalente a mais de R$ 541 mil na cotação atual.
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