Jamais imaginaríamos que o universo musical nos proporcionaria um trocadilho como esse. Afinal, Born again (1983), o primeiro e único álbum do Black Sabbath gravado na voz de Ian Gillan, renasceu das cinzas após quase 40 anos e pode voltar às paradas musicais de maneira remasterizada.
A informação foi exposta por Tony Iommi em entrevista ao jornal Le Parisien, da França. Na conversa, o guitarrista falava sobre o relançamento de Sabotage (1975), o último trabalho do grupo, e aproveitou para revelar alguns planos relacionados a esse mesmo modelo, que voltaria a ser utilizado pela banda inglesa no futuro.
Um objetivo pessoal de Tony Iommi
Born again sempre dividiu opiniões entre os fãs da banda. Enquanto uma parcela dessas pessoas ama a coletânea, outra parte considera um dos trabalhos de menor prestígio do grupo. E, para sustentar essa última posição, muitos apontam a qualidade da produção como um fator preponderante.
Afinal, por mais que todas as gravações tenham sido realizadas em meados dos anos de 1970, a sonoridade abafada não condiz com produções da época, e foi criticada desde seu lançamento. Por isso, um forte incômodo sempre se fez presente no coração do líder da banda, que desejava encontrar o material original para trabalhar em uma possível remixagem. Finalmente, após tantos anos de espera, o desejo se concretizou.
E mais Black Sabbath!
Achou que acabava por aí? Na mesma entrevista ao Le Parisien, Tony Iommi revelou mais planos relacionados ao Black Sabbath e sugeriu a existência de uma super coletânea no futuro. Segundo ele, a ideia é contemplar os cinco álbuns de estúdio consumados pela voz de seu xará, Tony Martin. Ele disse: “(…) deve haver um box set da era Tony Martin”.
Esse período contempla os seguintes trabalhos:
- The eternal idol (1987)
- Headless cross (1989)
- Tyr (1990)
- Cross purposes (1994)
- Forbidden (1995)
Em seguida, revelou o desejo que noticiamos acima, dizendo “(…) também estou pensando em remixar o álbum Born again, aquele com Ian Gillan, agora que encontramos as fitas originais”.
Como tudo começou
Muitos conhecem o histórico conturbado que envolve o Black Sabbath, e a entrada de Tony Martin na banda foi resultado de uma dessas confusões. Afinal, o álbum de 1987 havia sido gravado na voz de Ray Gillen, mas divergências criativas fizeram com que o artista deixasse o grupo.
Consequentemente, Tony Martin, cantor pouco conhecido naquele momento, entrou para o projeto e precisou regravar todo o material em apenas oito dias. Somente 23 anos depois, em 2010, o trabalho “original”, cantado por Ray Gillen, foi disponibilizado para o público.
Imagem em destaque: Divulgação/ Tony Iommi via Instagram.